Na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o dia 25 de maio, o ministro Luís Roberto Barroso tem feito reuniões por videoconferência ouvindo juízes, médicos, advogados e especialistas sobre a realização das eleições municipais, cujo primeiro turno está marcado para 4 de outubro deste ano. Ao jornal Folha de S. Paulo, o TSE informou que a recomendação mais ouvida pelo seu chefe é o adiamento do pleito devido a pandemia do coronavírus.
“Um consenso médico sobre a necessidade do adiamento por algumas semanas —primeiro turno entre a segunda quinzena de novembro e o começo de dezembro— a fim de realizar o pleito com maior segurança e preparação para todos”, informou.
Na próxima terça-feira (16), Barroso voltará a se reunir com alguns médicos e cientistas, além dos presidentes do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), junto com alguns líderes partidários, para continuar as discussões sobre o cenário ideal para realizar as eleições em meio ao combate ao coronavírus no Brasil. Os mandatários do Congresso Nacional serão os responsáveis por colocar em votação uma eventual Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trate do adiamento do pleito municipal.
Barroso também recebeu outras sugestões, dentre elas estão as propostas feitas pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel), liderado por Jatahy Junior, que também preside o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
“Em vez de terminar às 17h, pode terminar às 20h, por exemplo”, recomendou o desembargador baiano em discussão feita no dia 1º de junho. “Se pensou também, mas esse não foi um posicionamento de todos, em dividir a votação por faixa etária. Por exemplo, os idosos votam pela manhã, e o restante da população, à tarde. Mas isso não seria impositivo, seria por meio de uma campanha educativa”, completou.
De acordo com o último boletim divulgado neste sábado (13) pelo Ministério da Saúde, o país registrou o segundo dia consecutivo de queda de novos casos da Covid-19. Foram contabilizadas 21.704 pessoas infectadas nas últimas 24 horas. Na quinta (11) este número foi de 30.412, enquanto na sexta (12) 25.982 testaram positivo. O país registra um total de 850.514 de doentes, sendo 42.720 óbitos.