Alegando crise financeira, as Santas Casas e hospitais filantrópicos do Brasil vais realizar uma marcha e manifestação em Brasília nesta quarta-feira (25). Com o slogan “Não mais suportaremos manter o acesso da população ao SUS no Brasil”, os grupos pretendem conseguir um aporte financeiro para conseguirem se manter.
De acordo com um documento da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), o endividamento e o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), nos últimos seis anos, culminou no fechamento de 315 hospitais filantrópicos.
Na manhã desta segunda-feira (23), a Santa Casa de Misericordia de Santo Antônio de Jesus, realizou uma manifestação com os funcionários da instituição, para chamar a atenção do poder público. Segundo a provedora da unidade Ludimila Reis disse em entrevista ao Voz da Bahia, que irá a capital do Distrito Federal, para representar a Santa Casa, “Esse protesto é necessário, não tem como trabalhar com essa tabela do SUS há mais de 20 anos congelada, onde tudo sobe e nós continuamos na mesma. Nós queremos uma solução, disse. [Veja a entrevista completa abaixo]
Com a pandemia da Covid-19, a dívida do setor ultrapassa R$ 20 bilhões. Para evitar a falência dos hospitais, que atendem a mais de 50% da média complexidade do SUS e 70% da alta complexidade, as instituições pedem aos deputados e senadores a liberação de uma fonte de recursos. O dinheiro serviria para suportar os impactos, que pode crescer com a aprovação de projetos em tramitação na Câmara, como o projeto de lei 2564/20, que institui o piso salarial da enfermagem, com implicação estimada em R$ 6,3 bilhões.
Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo do relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), à Medida Provisória 1090/21, que cria um parcelamento de dívidas para entidades beneficentes da área da saúde, como santas casas e hospitais filantrópicos.
A MP ainda precisa ser analisada pelo Plenário.