Vitória da Conquista: ‘Desrespeito’, diz mãe de bebê com problema no coração que aguarda transferência

Recém-nascida com problema no coração espera há quase 20 dias por transferência para unidade especializada na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia
Recém-nascida com problema no coração espera há quase 20 dias por transferência para unidade especializada na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

A família da bebê que tem um problema no coração e aguarda por uma transferência para uma unidade especializada há quase 20 dias, na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, reclama da demora no procedimento.

Dezesseis dias após nascer, Heloísa Gonçalves Santos foi diagnosticada com cardiopatia congênita, uma alteração na estrutura do coração. A pequena nasceu há 29 dias e segue internada no Hospital Municipal Esaú Matos. Ela precisa de uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, em Salvador.

“O senhor pegou minhas lágrimas e transformou em força, porque se não fosse assim, eu não estaria aqui contando minha situação”, desabafou Eliza Costa, mãe da menina.

Os pais da recém-nascida, Eliza Costa e Hélio Santos, contam que procuraram o Ministério Público (MP-BA) e aguardam uma reposta do órgão sobre a transferência imediata da filha.

“Vamos persistir, não podemos perder a fé, estamos firmes e firmes temos que permanecer, porque se não, não adiantaria estarmos aqui”, disse Eliza Costa.

“É um desrespeito o que está fazendo, nossa filhazinha esta aí precisando de ajuda, desde o dia 27, e até agora não surgiu essa vaga”, reclamou Hélio Santos.

O quadro de saúde da recém-nascida é considerado grave. Heloísa Gonçalves chegou a precisar da ajuda de aparelhos para respirar.

“O lado esquerdo do coração dela é mal desenvolvido, que chama hipoplasia, do ventrículo esquerdo. Além disso, ela tem uma obstrução na aorta, principal artéria que a gente tem e que leva o sangue para todos os órgãos. No caso dela, ela só está viva, porque tem um canalzinho aberto que consegue mandar sangue para essa artéria e mandar oxigênio para os órgãos”, explicou a neonatologista, Geisa Helena Flores.

“Precisa dessa cirurgia para corrigir essa malformação, porque é a única chance de sobrevivência que ela tem”, concluiu.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informou que continua em busca de um leito especializado para fazer a transferência da recém-nascida. (G1/Ba)

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