Não deu certo a tentativa da ala bolsonarista do PSL de derrubar Delegado Waldir do comando do partido na Câmara Federal, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (ouvir áudio abaixo).
A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara informou que o requerimento de apoio à permanência do parlamentar como líder do PSL teve 29 votos, enquanto as duas listas pedindo Eduardo Bolsonaro como líder contaram com 26 e 24 assinaturas, respectivamente.
Apontada como uma das deputadas mais próximas do presidente Bolsonaro, que está em uma disputa pública contra o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e tentou articular a queda de Waldir, Dayane Pimentel não assinou a lista pró-Eduardo Bolsonaro.
Sua assinatura constava no requerimento pela permanência de Waldir, apoiado pela ala pró-Bivar.
Se apoiasse a ascensão de Eduardo Bolsonaro à liderança do PSL, Dayane correria o risco de perder a presidência do PSL baiano. Nesta quarta (16), Luciano Bivar destituiu a deputada federal Bia Kicis do comando do PSL no Distrito Federal.
Dayane rebate críticos:
Em seu Twitter, Dayane Pimentel disse que não ficou contra Bolsonaro, pediu transparência no PSL e justificou que “assinou a lista que me pediram para assinar”.
“Apoiei Eduardo para embaixada, e o apoiarei sempre que necessário. Apoio o Presidente Bolsonaro dia e noite, apoio toda equipe governamental. Cobram o que mais de mim? Minha anulação como ser humano, meu ‘amém’ para absolutamente tudo mesmo quando não sou consultada?”, escreveu, questionando os críticos.
“Não existe ele x nós, Existem opiniões e momentos. Sou firme com o governo e não deixarei que intrigas desnecessárias desabonem minha conduta inquestionavelmente ilibada”, acrescentou a baiana.
Bolsonaro “grampeado”:
Em um áudio que vazou na noite desta quarta-feira, Bolsonaro pede a um deputado – que não foi identificado – apoio para conseguir assinaturas suficientes para retirar Waldir do posto de líder do partido.
Na ligação, o presidente diz que “não tem outra alternativa” a não ser derrubar Waldir por meio de uma lista.
Nesta quinta, em entrevista a jornalistas, ele reclamou de ter tido a conversa gravada. “Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou o telefone…Primeiro, é uma desonestidade”, falou. (Bahia.Ba)
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