Salvador: Mulher denúncia agressões e ameaças de morte após ter casa invadida por vizinho: ‘Gritando que iria me matar’

Mulher denúncia agressões e ameaças de morte após ter casa invadida por vizinho — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Uma mulher de 26 anos denunciou ter sofrido agressões físicas e ameaças de morte após ter a casa onde mora, no bairro de Colinas de Periperi, no subúrbio ferroviário de Salvador, invadida por um homem que mora na mesma rua que ela. O caso é investigado pela Polícia Civil.

O caso aconteceu na madrugada do último domingo (1°). Jilmara Chaves Mattos contou que estava na varanda da casa dela, quando um homem invadiu o imóvel e começou uma série de agressões.

Segundo Jilmara Chaves, que acreditou que o caso se tratava de um assalto, o homem a arrastou pelo cabelo por algumas ruas do bairro e a levou para uma região de matagal. O suspeito só parou as agressões após os vizinhos ouvirem os gritos de socorro e aparecerem na rua. Ele fugiu.

“Ele ficava gritando o tempo todo que iria me matar, que iria me matar”, disse Jilmara Chaves.

Jilmara Chaves disse que achou que era uma tentativa de assalto — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Jilmara Chaves disse que achou que era uma tentativa de assalto — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Jilmara Chaves informou que as agressões deixaram hematomas nas costas, braços, pernas e cabeça, além de um corte em um dos pés. Ela também disse que sente muita dor nas costas e se recupera com o uso muletas.

A vítima, que mora no local há cerca de três anos, contou que não conhecia o homem, e portanto, não sabe o motivo dele ter a agredido. Desde o dia do crime, ela dorme na casa de amigos.

Após as agressões, uma equipe da Polícia Militar esteve na região de matagal, mas não encontrou o suspeito. Jilmara foi socorrida pelos policiais e levada para o Hospital do Subúrbio.

Em nota, a Polícia Civil informou que o fato foi registrado no posto policial do Hospital do Subúrbio e encaminhado eletronicamente para a 5ª DT/Periperi, que vai apurar a tentativa de estupro sofrida pela vítima.

Entretanto, em depoimento à TV Bahia, a jovem contou que sofreu agressões físicas e ameaças de morte, mas que não houve tentativa de estupro.

Dificuldades para fazer boletim de ocorrência

Mulher reclama que não foi atendida da melhor forma na DT de Periperi — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Mulher reclama que não foi atendida da melhor forma na DT de Periperi — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Jilmara Chaves contou que procurou a 5ª Delegacia Territorial de Periperi, na tarde de domingo, quando teve alta médica, no Hospital do Subúrbio. A jovem conta que ela teve dificuldades para fazer um boletim de ocorrência sobre o caso.

A vítima informou que ao chegar na delegacia, os familiares dela pediram uma cadeira de rodas, para que ela deixasse o carro e entrasse na unidade, e ouviram que o local não era “hospital” para ter esse tipo de equipamento.

“Ele [policial] falou que lá não era hospital, que não tinha cadeira de rodas. Se eu não estava andando, por que eu tinha ido para a delegacia prestar queixar? Falou de uma forma arrogante”.

Segundo a vítima, o policial não deixou os familiares explicarem o que havia acontecido e disse para que ela procurasse atendimento na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam), em um outro dia, já que era um caso de agressão e ela não tinha condições de se locomover.

Entretanto, de acordo com Jilmara Chaves, os familiares decidiram procurar a Deam, já que a unidade fica no primeiro andar do prédio da 5ª DT e eles já estavam lá. O grupo pegou um cadeira e subiu carregando a mulher pelas escada.

Boletim feito de forma errada

Mulher denúncia agressões e ameaças de morte após ter casa invadida por vizinho — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Mulher denúncia agressões e ameaças de morte após ter casa invadida por vizinho — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Após fazer o boletim de ocorrência, Jilmara Chaves disse que fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Na terça-feira (3), ela voltou na delegacia e foi informada que o boletim tinha sido feito de forma errada, porque deveria ter sido feito na Delegacia Territorial e não na Deam.

Ainda segundo Jilmara Chaves, os policiais pediram pra ela pra voltar na quarta-feira (4), para fazer um outro documento. Ela foi até a DT, foi ouvida por um agente e fez um novo boletim de ocorrência.

Sobre a confusão com os boletins de ocorrência, a polícia explicou que não houve um novo registro. Segundo o órgão, o procedimento padrão foi seguido e a unidade territorial vai apurar o caso.

A Polícia Civil disse que acredita que tenha havido “algum ruído na comunicação, pelo fato de que o delegado de plantão naquela madrugada, e que assinou o B.O. e expediu a guia para exame de lesão, seja lotado na Deam”.

Ainda segundo o órgão, a nova convocação tinha o objetivo de ouvir a vítima e dar prosseguimento à investigação, já que no registro feito no hospital, a vítima não soube identificar o autor.
(G1)

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