A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (21) o projeto de lei (PL 5595/20) que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas, exceto se houver critérios técnicos e científicos justificados pelo Poder Executivo quanto às condições sanitárias do estado ou município.
Sobre este assunto, a diretora de comunicação da APLB (Associação dos Professores Licenciados do Brasil) de Santo Antônio de Jesus, professora Jucilene Barreto expôs na Recôncavo FM, como os membros do sindicato reagiram sobre a possibilidade de volta as aulas presenciais, que segundo ela, não só os educadores, mas todas as pessoas que compõe o órgão devem receber a dose. “Somos a favor do retorno somente com todos os que fazem parte do ambiente escolar vacinados e lugares seguros”, disse.
A professora demonstrou sua insatisfação e fez um relato da situação atual na Bahia. ” Existe atraso nos lotes de vacinação, leitos de UTIs com mais de 75% ocupação na maioria das cidades e nova variante contaminando muito mais. Ainda assim, o governo apresenta essas novas medidas. Mesmo que tenha só 50% de alunos nas salas de aula, nós conhecemos as estruturas das escolas, serão 20/25 alunos e já é um absurdo. Salas de aula que não tem basculante, ventilação necessária, se quer estrutura para se iniciar um ano letivo”, expôs.
Ainda conforme Jucilane, o projeto que foi aprovado na Câmara onde torna a educação um serviço essencial (relembre aqui), é inviável. “Querem tornar essencial porque é um absurdo as escolas não estarem abertas. Sempre foi essencial, mas agora querem usar esse termo para colocar professores no matadouro. Nós estamos sendo feitos de cobaia!”, desabafou Barreto.
Segundo a diretora, a APLB sindicato não foi consultada para que essa medida fosse anunciada. A nota do prefeito e governador do estado assustou a todos, entretanto, a Associação dos professores acredita que a abertura de algumas cidades da Bahia irá servir de ponta pé inicial para abertura das escolas em outras regiões. Mas se manterão firmes. “Iremos ter movimentação sim, das redes municipais, estaduais se algo não for feito”, avisou.
Importante ressaltar que pesquisas indicam que professor corre 3 vezes mais risco de pegar covid-19, em comparação com a população da mesma faixa etária.
Por Voz da Bahia.