O governo de São Paulo afastou o major da reserva Angelo Martins Denicoli do cargo que ocupava na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), após ele se tornar alvo de operação da Polícia Federal (PF).
A investigação apura uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota, a Prodesp confirmou o afastamento do funcionário e informou que “adota regime de teletrabalho para os colaboradores que atuam na área de tecnologia da informação”.
Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação Tempus Veritatis, Denicoli é citado como integrante do “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” da organização, que agia na “produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto a lisura das eleições presidenciais de 2022 com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quarteis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o Golpe de Estado”.
A Polícia Federal aponta sua interlocução com o argentino Fernando Cerimedo, responsável por uma live com ataques às urnas. Na última quinta-feira (8), ele foi alvo de mandado de busca e apreensão e teve o passaporte retido, assim como o ex-presidente. (metro1)