Agricultura familiar: baianos produtores de castanha participam de evento internacional

Foto: reprodução/Instagram Rede Cooperacaju

Tecnologia avançada e qualidade. Estes são os dois principais pilares da Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), referência em produção da castanha de caju, apoiada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), vinculada ao Governo do Estado.

A Cooperacaju surgiu em 2005 da união de agricultores do semiárido do nordeste da Bahia, tendo sua constituição um ano depois e a implantação das primeiras unidades de beneficiamento de castanha de caju em 2007. Foi criada com o intuito de beneficiar e comercializar regional, nacional e internacionalmente o caju e seus derivados, produtos que são produzidos e beneficiados por seus associados, recebendo o apoio da secretaria.

Após dez anos da fundação, a Cooperacaju acumulou inúmeras conquistas visíveis, dentre elas, o funcionamento da rede de cooperativas singulares com ações que envolvem atividades desde assistência técnica, quanto a gestão financeira dos 750 cooperados de forma direta e indireta buscando o fortalecimento da base social com ações constantes.

No ano de 2014 foi criado a rede de empreendimentos, responsável por definir as estratégias para comercialização dos produtos das da central e demais unidades. O carro-chefe, que são as amêndoas de castanha, são comercializadas in natura. Além delas, também são vendidos doces, compotas, bebidas, verduras e legumes frescos na feirinha realizada toda semana na sede da cooperativa.

Em 2018, a Cooperacaju foi uma das dez associações baianas que participaram da 12ª edição do “Terra Madre”, que reúne produtores de alimentos de 160 países em Torino, na Itália. A ida para o evento foi possível graças a parceria entre a associação e o Governo do Estado. “Não tem nenhum estado fazendo isso. Nosso principal objetivo é permitir que os produtores alcancem o mercado, tenham mais renda, para que com mais recursos na mão do produtor, o mercado seja aquecido e cause um efeito multiplicador da circulação de recursos naquela região”, pontuou o diretor da SDR, Wilson Dias.

Para o presidente da Cooperacaju, Ícaro Rennê Santos, a iniciativa fecha um ciclo em que as cooperativas tiveram acesso a recursos para o melhoramento de sua produção do campo, com assistência técnica, aquisição de mudas e melhorias na estrutura física da agroindústria: “Com esse convênio e as parcerias com o setor privado, conseguiremos colocar os nossos produtos, que já estão prontos, nas gôndolas dos supermercados da Bahia e do Brasil, com perspectivas para comercializar fora do país. Esse projeto é de fundamental importância para a agricultura familiar no estado da Bahia”.

Guilherme Martins, assessor especial do projeto Bahia Produtiva, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), conta que cooperativas como a Cooperacaju, dirigidas por jovens entre 20 e 30 anos, torna o trabalho bem prazeroso. “Eles possuem a linguagem atual do mercado, mas não altera em nada seu comprometimento com o trabalho. Estamos apostando tudo na cooperativa porque estamos vendo excelentes retornos, como participar de um evento como o Terra Madre. Ações como essas ajudam muito no posicionamento das associações no mercado brasileiro”. (AratuOn)

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