Ausência das big techs marca audiência pública do governo Lula sobre checagem de fatos

Plataformas digitais não comparecem à discussão sobre impactos da decisão da Meta de encerrar política de verificação

Representantes de grandes empresas de tecnologia, como Alphabet (Google/YouTube), Discord, Kwai, LinkedIn, Meta, TikTok e X (ex-Twitter), não compareceram à audiência pública convocada pelo governo Lula (PT) nesta quarta-feira (22), que tinha como objetivo discutir os impactos da recente decisão da Meta de acabar com sua política de checagem de fatos.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou a ausência das empresas logo no início da audiência, mas reforçou que o governo continua aberto ao diálogo.

“Quero dizer que as plataformas foram convidadas a participar, e preferiram não participar desta audiência pública. É uma opção, nós respeitamos”, afirmou Messias, destacando que não há prejulgamento sobre as plataformas digitais.

A audiência contou com a presença de 45 participantes, incluindo representantes das plataformas digitais, especialistas, agências de checagem de fatos e organizações da sociedade civil. Também estiveram presentes a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e o próprio advogado-geral da União, Jorge Messias.

A reunião ocorre após a Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, anunciar mudanças nas regras de moderação de conteúdo em suas redes sociais.

A empresa decidiu encerrar o sistema de checagem de fatos nos Estados Unidos, passando a responsabilidade de verificação de informações para os usuários, por meio de “notas de comunidade”. A Meta afirmou que está realizando testes desse modelo no país e que pretende aprimorá-lo antes de considerar sua expansão para outros países.

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