Denúncia motiva movimento de boicote contra Michael Jackson

Foto: Barry King/Liaison
Foto: Barry King/Liaison

As novas denúncias de pedofilia envolvendo o astro Michael Jackson (1958-2009) deram início a um movimento de boicote contra o “rei do pop” justamente no ano do 10º aniversário de sua morte. No documentário “Leaving Neverland” (“Deixando a Terra do Nunca”, em tradução livre), exibido pela HBO, dois homens acusam Michael Jackson de tê-los violentado repetidamente em sua célebre mansão quando eles eram crianças.  Wade Robson e James Safechuck relatam que foram abusados a partir dos sete e dos 10 anos de idade, respectivamente, no início da década de 1990. Na sequência, três importantes emissoras de rádio de Montreal, segunda maior cidade do Canadá, decidiram não veicular mais músicas do astro. O boicote é promovido pelas estações CKOI e Rythme, de língua francesa, e The Beat, de idioma inglês. Medida semelhante foi adotada por emissoras da Holanda e da Nova Zelândia. Além disso, os produtores de “Os Simpsons” retiraram do ar um dos episódios mais famosos da série, que exibe um personagem dublado pelo músico. Em “Stark Raving Dad”, de 1991, Michael Jackson empresta sua voz ao personagem Leon Kompowsky, um homem branco que garante ser o próprio “rei do pop” e conhece Homer em um manicômio. A dublagem foi feita sob o pseudônimo “John Jay Smith”, e a participação do artista só foi revelada anos mais tarde. “Retirar o episódio era a única escolha que tínhamos”, disse o produtor James L. Brooks ao diário The Wall Street Journal. “Não sou alguém que queima livros, pelo contrário, mas este é nosso livro, e temos o direito de apagar um episódio”, acrescentou.   Essa não é a primeira vez que Michael Jackson é acusado de pedofilia. Seu relacionamento com crianças é uma das passagens mais conturbadas de sua carreira, embora ele nunca tenha sido condenado. Ainda assim, em 1994, fez um acordo milionário para encerrar um processo.  

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