Eduardo Bolsonaro deve retornar ao Brasil após vencimento de sua licença, diz presidente do PL

Líder do PL reafirma que Jair Bolsonaro será o responsável por definir o nome do partido à Presidência e acredita na reversão de sua inelegibilidade

Foto: Alan Santos/PR

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quinta-feira (22) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve retornar ao Brasil após o término de sua licença de quatro meses.

O parlamentar está nos Estados Unidos desde o dia 27 de fevereiro, alegando perseguição por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Depois de quatro meses ele vai voltar, lógico. Tem que continuar o trabalho dele. Deve voltar quando vencer a licença de quatro meses”, declarou Valdemar, durante evento de filiação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que deixou o PL e ingressou no PP.

Ao ser questionado sobre a recente demissão de Fabio Wajngarten, ex-assessor de Jair Bolsonaro, após o vazamento de conversas com o tenente-coronel Mauro Cid envolvendo uma eventual candidatura de Michelle Bolsonaro em 2026, o presidente do PL evitou comentar. “É um fato passageiro e não quero fazer mais comentário, se não eu fico mal de um lado ou de outro”, disse.

Sobre as eleições presidenciais de 2026, Valdemar reforçou que a decisão sobre o nome que disputará o Palácio do Planalto pelo PL cabe exclusivamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Quem vai falar quem é o candidato a presidente é o Bolsonaro, porque ele é o dono dos votos”, afirmou.

Apesar das incertezas jurídicas que cercam o ex-presidente, o dirigente partidário demonstrou confiança em sua capacidade de superar os obstáculos legais. Bolsonaro é atualmente alvo de processos no Supremo Tribunal Federal e enfrenta uma decisão de inelegibilidade na Justiça Eleitoral.

Ainda assim, Valdemar acredita em sua recuperação política. “O Bolsonaro vai trabalhar pra ser candidato. Acredito que esse processo possa acabar de maneira que ele possa passar tranquilo, apesar dos aborrecimentos”, declarou.

O dirigente também reconheceu pressões para que Bolsonaro defina logo sua posição sobre uma eventual candidatura, mas comparou o cenário ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a ser preso antes de retornar à disputa eleitoral.

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