Ex-prefeito de Mutuípe, Digão, rebate decisão do TCM-BA e diz ser vítima de perseguição política

Rodrigo Maicon Santana, condenado a devolver R$ 2,3 milhões, nega irregularidades e afirma que denúncia já havia sido arquivada pela Justiça Federal

Foto: Reprodução

O ex-prefeito de Mutuípe, Rodrigo Maicon Santana de Andrade, conhecido como Digão, se manifestou nesta quinta-feira (29) após decisão do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) que o condenou a devolver R$ 2,3 milhões aos cofres públicos e a pagar multa de R$ 3 mil.

A penalidade se refere a supostas irregularidades em um contrato firmado com a Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Ubaíra (APMIU) durante os oito anos de sua gestão.

Em nota divulgada nas redes sociais, Digão negou qualquer prática ilícita e atribuiu a decisão a motivações políticas. Segundo o ex-prefeito, a denúncia foi alvo de investigação pela Polícia Federal em 2018 e acabou arquivada por falta de provas. “Porque nunca houve irregularidade, nunca houve desvio, nunca houve má-fé”, afirmou.

Ele também questionou a atuação do conselheiro Nelson Pellegrino, relator do processo no TCM-BA, insinuando possível influência ideológica no julgamento. “Não quero acreditar que o conselheiro tenha sido movido por interesses políticos ou ideológicos, com o objetivo de me condenar. Não por provas, mas por perseguição”, escreveu.

Apesar das críticas, Digão afirmou manter confiança no tribunal e reforçou que todas as suas contas enquanto gestor foram aprovadas. Disse ainda que já recorreu da decisão e pretende levar o processo até as instâncias superiores. “Estou confiante e irei até o fim para provar, mais uma vez, minha inocência”, declarou.

A decisão do TCM-BA e a reação do ex-prefeito devem continuar repercutindo no cenário político de Mutuípe, especialmente entre lideranças e eleitores que acompanham de perto o desdobramento do caso.

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