O ex-presidente Michel Temer (MDB) negou, em entrevista ao programa Roda Viva na noite de ontem (16), que tenha se empenhado para dar um “golpe” durante o processo que levou ao afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).(Assista aqui). “O pessoal dizia ‘o Temer é golpista’ e que eu teria apoiado o golpe. Diferente disso, eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, declarou o ex-presidente.
“Não imaginava que viraria presidente por essas vias”, afirmou Temer. O jornalista Ricardo Noblat questionou se ele “não havia conspirado nem um pouquinho”. O ex-presidente voltou a afirmar que não.
Temer também disse que avalia que, se Lula fosse nomeado ministro da Casa Civil de Dilma em 2016, o impeachment poderia não ter acontecido. “Ele (Lula) tinha bom contato com o Congresso”, disse Temer.
A nomeação de Lula foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), depois de o então juiz federal Sergio Moro divulgar uma ligação entre o petista e Dilma, que tratavam sobre o termo de posse para o cargo.
“No Brasil, de tempos em tempos as pessoas querem mudar tudo. Foi assim na eleição do Lula. Eu não faço exatamente essa conexão (entre o afastamento de Dilma e ascensão de Bolsonaro)”, acreditou.
Temer ainda respondeu com um autoelogio ao ser questionado a respeito do governo Bolsonaro. “O governo Bolsonaro tem um ponto positivo. Esse ponto positivo, modéstia de lado, é porque ele está dando sequência a tudo aquilo que eu fiz”, afirmou, ao citar as reformas aprovadas pelo seu governo.
(Metro1)