A Justiça da Bahia negou mais um pedido de soltura de Bruno Borges França, ex-assessor do deputado estadual Binho Galinha (PRD). Preso preventivamente desde março de 2024, França é apontado como operador financeiro de um esquema criminoso envolvendo lavagem de dinheiro, agiotagem e receptação qualificada.
A decisão foi tomada pelo desembargador Baltazar Miranda Saraiva, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que rejeitou o pedido liminar da defesa. Os advogados de França argumentaram que a prisão excedeu o prazo legal e pediram a substituição por prisão domiciliar, alegando que ele é o único responsável por um filho menor de 12 anos.
As investigações do Ministério Público da Bahia apontam que Binho Galinha, chefe político de França, é suspeito de liderar uma milícia em Feira de Santana, a 109 km de Salvador.
Bruno Borges trabalhou como assessor do deputado de janeiro de 2023 a janeiro de 2024. Sua exoneração foi oficializada em 16 de janeiro do ano passado, após o avanço das investigações da Polícia Federal. Ele estava foragido desde dezembro de 2023, até ser capturado em Feira de Santana.
O desembargador determinou que o caso precisa de mais informações antes de uma deliberação colegiada e atribuiu força de mandado ao despacho judicial, garantindo o cumprimento imediato em segunda instância. A defesa de França já sinalizou que irá recorrer da decisão.