Enquanto declara inocência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não quer mudar seu regime de prisão, que atualmente é fechado. Nesta sexta-feira (18), sua defesa informou à Justiça Federal que ele não aceita o pedido de progressão de pena para o regime semiaberto.
A mudança havia sido solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusa o petista de vários crimes, no final de setembro.
Segundo informações do G1, a manifestação foi protocolada às 18h48 desta sexta-feira (18), prazo final. Agora, a juíza Carolina Lebbos, que é responsável pela execução penal do ex-presidente, deve tomar uma decisão.
“Lula reafirmou que não aceita o pedido do MPF de progressão de pena porque ele vai buscar a sua liberdade plena, a sua inocência, e o reconhecimento de que não praticou qualquer crime”, disse o advogado Cristiano Zanin, que integra a defesa de Lula, mais cedo.
O petista foi preso no dia 7 de abril de 2018 e até hoje permanece detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Ele responde por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no processo do triplex do Guarujá. A pena determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) é de 8 anos, 10 meses e 20 dias.
Além disso, o presidente já foi condenado em primeira instância no caso do sítio de Atibaia. A pena, que ainda será julgada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), é de 12 anos e 11 meses por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.