Ministérios comandados por mulheres são os principais alvos de parlamentares que pressionam o presidente do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em busca de mais espaço no governo, em troca da colaboração nas tomadas de decisões em assuntos considerados urgentes pela gestão federal. O levantamento foi feito pela CNN.
A situação chegou ao ponto do próprio presidente resolver se manifestar publicamente em defesa da atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, após diversas especulações sobre o futuro da pasta, que incluíam a possibilidade de exoneração e substituição.
“Tenho a certeza de que poucas vezes tivemos a chance que temos hoje, de ter uma mulher com a qualidade da Nísia Trindade para cuidar do povo”, afirmou Lula em discurso na Conferência Nacional de Saúde, na última quarta-feira (5). “O Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim, e [Nísia] ficará até quando eu quiser”, concluiu.
A chefe da Saúde não é filiada à um partido político, o que torna seu cargo um alvo de cobiça mais fácil do que os outros, já que os interessados não precisariam entrar em uma briga partidária com uma sigla específica se conseguissem tirar ela do posto.
Uma situação similar ocorre com a ministra dos Esportes, Ana Moser, que tem visto sua pasta ser disputada por parlamentares do Centrão.
No caso das ministras do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e a dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PT), ambas não sofreram pressões políticas para entregar seus cargos, mas sofreram com o “esvaziamento” das pastas que são responsáveis, devido a medida provisória que reestruturou o governo. (Metro1)