A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou 17 patógenos — entre vírus, bactérias e um protozoário — como prioritários para a pesquisa e desenvolvimento de vacinas.
Este levantamento, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e publicado na revista eBioMedicine nesta terça-feira (5), representa o primeiro esforço global focado em patógenos endêmicos, considerando fatores como carga de doença regional, risco de resistência antimicrobiana e impacto socioeconômico.
O estudo destacou que, em cinco das seis regiões da OMS, os critérios de maior peso incluíram mortes anuais em crianças menores de cinco anos e contribuição para a resistência antimicrobiana.
Através da consulta com especialistas internacionais e regionais, a OMS identificou os fatores mais críticos para orientar a introdução e uso de vacinas, gerando listas de prioridade específica para cada região da OMS (África, Américas, Europa, Mediterrâneo Oriental, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático).
Entre as doenças de maior urgência estão o HIV, a malária e a tuberculose, que juntos causam quase 2,5 milhões de mortes anuais.
Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, ressaltou que, historicamente, as decisões sobre novas vacinas foram muitas vezes baseadas no retorno do investimento, ao invés do potencial de salvar vidas nas comunidades mais vulneráveis.