PT pode ter três ministérios ligados à economia no governo Lula

Ministério do Planejamento está entre Lara Resende, Simone Tebet e Reginaldo Lopes

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O comando do futuro Ministério do Planejamento e Orçamento é alvo de disputa desde o anúncio da vitória do presidente Lula (PT). O confronto está entre o economista André Lara Resende, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).

A decisão envolve uma série de questões políticas e corre o risco de frustrar, de acordo com o Estadão, as expectativas de uma equipe econômica plural. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestava nos bastidores o apoio de ter alguém “não petista” no ministério do Planejamento. Nesse contexto, o nome de Lara Resende ganhou destaque, no entanto o ex-Banco Central, Pérsio Arida, sinalizou negativamente para o nome. Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Haddad tentam fazê-lo mudar de ideia.

Segundo o Estadão, a resistência de Lara Resende levou Lula a cogitar Simone Tebet para a vaga, cenário que se tornou uma possibilidade concreta após o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) ser nomeado no Ministério do Desenvolvimento Social. O plano inicial do Partido dos Trabalhadores para Tebet era o Ministério do Meio Ambiente, no entanto, esse deve ficar com a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP).

Sem Lara Resende nem Simone Tebet, de fato, toparem o Planejamento, o cargo deve ser entregue a Reginaldo Lopes, como apontou o texto do Estadão na sexta-feira (23). O economista de formação Lopes, foi um dos negociadores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara e teve a articulação elogiada pela cúpula petista. Ele tentou assumir o Ministério da Educação, mas não conseguiu, o senador Camilo Santana (PT-CE) foi nomeado para o MEC.

Se Lula de fato colocar Lopes para tocar o Planejamento, haverá uma trinca petista na economia: Haddad, Lopes e Esther. Só o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) ficaria nas mãos de alguém mais ao centro, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

Outra opção para o órgão foi o senador eleito Renan Filho (MDB-AL), que sinalizou positivamente, mas acabou boicotado pelo próprio partido, que queria uma pasta mais política. O parlamentar deverá assumir o Ministério dos Transportes. (bahia.ba)

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