O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrou, neste domingo (27/2), com o ministro da Defesa, Serguei Choigu, e do Estado Maior, Dmitry Yuryevich Grigorenko, no Kremlin. No encontro, o mandatário ordenou que os ministros colocassem as forças nucleares em “regime especial de alerta”, conforme informado pela agência de notícias russa Tass.
Na avaliação de Putin, as sanções impostas pelos países ocidentais são “ilegítimas”. Durante a madrugada (horário de Brasília), as tropas russas entram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv.
“Os países ocidentais não estão apenas aplicando sanções econômicas nada amigáveis. Seus líderes de Estado têm feito pronunciamentos agressivos sobre nosso país. Por isso, ordenei que coloquem as forças de dissuasão da Rússia em regime especial de alerta”, afirmou o presidente.
O gesto de Putin é uma resposta às sanções de países do Ocidente impostas à Rússia, que mesmo assim tem apresentado condições para driblar as medidas restritivas impostas. A ameaça em apelar para armas nucleares, no entanto, ligou um alerta para o efeito catastrófico que o uso do aparato com grande potencial letal e destrutivo.
Por meio do Twitter, o pesquisador Pavel Podvig, especialista em estudos sobre a força nuclear russa, afirmou que o anúncio de Putin foi uma “muito clara e explícita ameaça nuclear”.
“Isso me deixa preocupado. O Kremlin não tem boas saídas neste momento e está olhando para uma ameaça ao estado atual”, afirmou o especialista. (Metropoles)
Yes, it was a very explicit nuclear threat: “the consequences will be such as you have never seen in your entire history” https://t.co/DV2ZpvbM4R This all makes me nervous. Kremlin has no good off-ramps at this point and is looking at an existential threat to the current state https://t.co/x6JQrQMGE0
— Pavel Podvig (@russianforces) February 27, 2022