Um manifestante morreu nesta sexta-feira (31) após levar um tiro na cabeça em um protesto em Santiago, elevando para quatro o número de mortos nos últimos três dias no Chile.

Uma aeronave da Força Armada do Chile, com 38 pessoas a bordo, ficou incomunicável pouco mais de uma hora após decolar da cidade de Punta Arenas, no sul chileno, com destino à base aérea Presidente Eduardo Frei Montalva, na Antártida, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Cerca de 230 pessoas perderam a visão de forma parcial ou completamente do olho, devido a tiros com espingarda de pressão disparadas por agentes de segurança do Estado durante protestos no país sul-americano. A informação foi divulgada na última quinta-feira (14) pela principal associação médica do Chile.

O governo e a oposição do Chile chegaram a um acordo para uma nova Constituição, precedida por um plebiscito marcado para abril de 2020. O martelo foi batido na madrugada de hoje (15). A nova Carta Magna irá substituir a Constituição aprovada em 1980, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Em discurso na tarde deste sábado (9), o ex-presidente Lula (PT) convocou manifestações de rua contra o governo Bolsonaro e disse que o povo brasileiro está muito “tranquilo”.

A capital Santiago , no Chile , voltou a ser cenário de vandalismo e violência causados por manifestantes mascarados, apesar da maior parte dos protestos ocorrer de forma pacífica. Nesta sexta-feira (8) milhares de manifestantes voltaram às ruas e um grupo ateou fogo na sede da Universidade de Pedro Valdivia .

Mais de 26 pessoas perderam a visão de um olho após serem atingidos por projéteis de borracha durante as manifestações no Chile. Segundo informações dos defensores dos Direitos Humanos, mais de 140 pessoas tiveram ferimentos nos olhos e, ao menos 26, ficaram parcialmente cegas, desde o início dos protestos, em 18 de outubro.

O surto social no Chile deixou um resultado triste de 20 mortos, centenas de feridos e 9.203 presos, de acordo com um relatório oficial divulgado ontem (29) pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos chileno.

Uma reunião entre o presidente do Chile, Sebastian Piñera, e da Conmebol, Alejandro Domínguez, vai definir onde será o jogo da final da Libertadores, marcado para o dia 23 de novembro, em Santiago.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou, em discurso na Câmara Federal ontem (29), que “vai ver a história se repetir”, no Chile, se os protestos adotarem o rumo da radicalização. Ele também declarou que haverá repressão policial se as manifestações chegarem ao Brasil.