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Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Federal Fluminense (UFF) constatou que mulheres e crianças que já foram infectadas pelo vírus Zika podem desenvolver imunidade à doença. Os pesquisadores detectaram que 80% dos 100 pacientes analisados ficaram imunes depois de serem submetidos à infecção.

Foto divulgação G1

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (4) uma medida provisória (MP) que muda o critério para pagamento de benefício a famílias que têm crianças com microcefalia causada pelo vírus da zika.

As observações mostram que 31,5% das crianças apresentaram problemas neurológicos a partir dos 7 meses de idade. (Líbia Florentino/Estadão Conteúdo)

Entre 2015 e 2016, o Brasil passou por uma epidemia de zika. Algumas gestantes infectadas pelo vírus deram à luz crianças com microcefalia – condição neurológica em que a cabeça do bebê é muito menor por causa do desenvolvimento anormal do cérebro. Outras gestantes tiveram zika, mas as crianças não pareciam ter sido afetadas pela microcefalia.Apesar disso, novo estudo indica que 31,5% dessas crianças consideradas “normais” podem apresentar problemas de desenvolvimento cerebral tardios que aparecem a partir dos 7 meses de idade – em alguns casos, esses sinais podem aparecer só aos 2 anos e meio. Além disso, segundo os pesquisadores, um número considerável de bebês começou a apresentar sintomas de autismo.

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Um estudo feito com bebês de mulheres infectadas pelo zika na gestação mostra que um terço deles registrou algum atraso no desenvolvimento até dois anos e oito meses após o nascimento. O achado indica que o vírus pode provocar problemas neurológicos, visuais e auditivos mesmo em bebês nascidos sem microcefalia ou qualquer outra anormalidade.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Novecentos e noventa e quatro municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e podem registrar surtos de dengue, zika e chikungunya. O número, de acordo com informações do Ministério da Saúde, representa 20% das 5.214 cidades que realizaram algum tipo de estudo que classifica o risco do aumento de doenças causadas pelo vetor. O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 revela que a incidência de casos de dengue no país entre janeiro e março subiu 339,9% em relação ao mesmo período de 2018. Além da situação de risco, o estudo identificou 2.160 municípios em situação de alerta e 1.804 com índices considerados satisfatórios.

Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

Exames para identificar infecção pelo vírus da Zika em breve vão poder ser feitos em 20 minutos. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, desenvolveram um método simples e 40 vezes mais barato que o tradicional. A expectativa é que chegue aos postos de saúde antes do final do ano, beneficiando, principalmente, os municípios afastados dos grandes centros, onde o resultado do teste de Zika pode demorar até 15 dias. As informações são de um dos criadores da técnica, o pesquisador da unidade Jefferson Ribeiro.

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