Um dos maiores escritores do país, Sérgio Sant’Anna morre aos 78 anos por Covid-19

Com mais de 50 anos de carreira, o autor de 78 anos era considerado um mestre dos contosDivulgação | Walter Craveiro

Um dos maiores escritores do país, Sérgio Sant’Anna morreu neste domingo, 10, vítima de coronavírus. Ele estava internado no Quinta D’Or, em São Cristovão, Zona Norte do Rio, desde o dia 3, com os sintomas da doença. A notícia foi divulgada pela irmã do autor, a também escritora Sonia Sant’Anna.

Com mais de 50 anos de carreira, o autor de 78 anos era considerado um mestre dos contos. Em suas obras, houveram diversas coletâneas premiadas, incluindo o Jabuti, por “O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro” (1986),  o Prêmio Telecom por  “O voo da madrugada” (2003), e o Prêmio Clarice Lispector por “O livro de Praga” (2011).

Apesar de uma progressiva queda e desvalorização do gênero contista no Brasil, as obras de Sant’Anna continuavam se mantendo com um público fiel. Em média, o escritor calculava que nenhum de seus livros vendia menos de cinco mil exemplares.

Sérgio também se aventurou e teve sucesso com outros formatos em sua carreira. Com a novela “Amazona” (1986) ele faturou dois Jabuti, e ainda teria um terceiro com o romance “Um crime delicado” (1997), que foi adaptado para o cinema em 2005, por Beto Brant.

Seu último livro publicado havia sido “Anjo noturno”, lançado em 2018. (A Tarde)

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