A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) protestou após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do ministro Humberto Martins, pedir explicações a juíza federal substituta Gabriela Hardt sobre um perfil no Twitter, que tem criticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“A magistrada e a Justiça Federal do Paraná já informaram que referida conta não pertence à primeira. É inaceitável que magistrados sejam obrigados a se justificar em razão de perfis falsos constantes nas redes sociais. O trabalho dos magistrados federais é de reconhecida importância, não sendo possível admitir que tenham que utilizar o tempo que seria dedicado ao exercício da função pública para se manifestar sobre perfis fraudulentos. Está fora do alcance dos usuários das redes sociais – ou mesmo de quem não as utiliza – impedir a criação de perfis falsos ou excluí-los, posto que as próprias redes sociais devem adotar mecanismos e medidas para impedir seu uso indevido ou ilícito”, diz Ajufe, por meio de nota.
Hardt ganhou notoriedade por substituir o juiz Sergio Moro no julgamento dos processos da Operação Lava Jato. Entre outras atuações, ela foi responsável por condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia (SP) e por autorizar a prisão de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, suposto operador de propinas do PSDB.