Adverso à posição de médico e promotor; cardiologista de S. A. de Jesus se posiciona contrário ao uso da Ivermectina

Dr. Marcos Cerqueira, cardiologista de Santo Antônio de Jesus/Foto: Voz da Bahia

O Voz da Bahia entrevistou na terça-feira (30), o anestesista Dr. Eliomar Andrade da Silva, onde o mesmo defendeu o uso da Ivermectina contra a prevenção do novo coronavírus (clique e veja). Na ocasião, o promotor de Justiça, Dr. Julimar Barreto também ressaltou às medidas contra o coronavírus, e concordou com a fala do médico (veja mais). Já o cardiologista, Dr. Marcos Cerqueira, do Centro Médico IMDI Cardiocenter, se colocou contrário ao uso do medicamento.

Sobre o assunto polêmico do uso da Ivermectina como medicamento preventivo contra o Covid-19, Dr. Marcos que foi entrevistado pela Andaiá FM na manhã de quarta-feira (1), afirmou que discorda dos do Dr. Eliomar e também de Dr. Julimar Barreto, afirmando que não há provas científicas sobre a eficácia do medicamento, “esse é um ponto muito crucial, que traz muita controvérsia até entre os médicos. Alguns defendem o uso, outro defendendo de acordo com as evidências científicas atuais justamente por uma falta de eficácia comprovada por estudos. É uma situação delicada, pois as pessoas neste momento de angústia, com medo de desenvolver uma forma grave, acabam se apegando a qualquer estratégia ou oportunidade. Por conta disto, surgem essas teorias de que alguns medicamentos tem algum efeito benéfico na prevenção do coronavírus, ou evitando o desenvolvimento das causas graves. Trago a público que não existe até então no Brasil e no mundo evidencias cientificas fortes obtidas através de estudos científicos de qualidade que suportam o uso de Ivermectina, Cloroquina, Hidroxicloroquina, suplemento de Zinco, vitaminas C e D ou outros nutrientes”, declarou.

O médico contou ainda, que atualmente apenas um estudo realizado pela universidade de Oxford foi eficaz em uma pesquisa que mostra que o medicamento Dexametasona de 6 mg ao dia, traria uma melhora de 35% em pacientes em estados graves da Covid-19, evitando suas mortes, “recentemente, um estudo da universidade de Oxford mostrou que a Dexametasona de 6 mg ao dia, pode trazer benefício em pacientes com forma grave da doença, mas não é qualquer paciente, são aqueles que necessitam de suporte respiratório invasivo, máscara ou cateteres de oxigênio. Não existem evidências que esses corticoides de rotina de farmácias leves sejam benéficos na progressão ou melhoria de formas graves, também não existe nenhum estudo de qualidade que mostra que Ivermectina deve ser usado como método preventivo ou tratamento. Em nossa cidade, uma série de pessoas tem tomado esses medicamentos por conta própria, e até recomendando ou distribuindo gratuitamente, mas essa não é uma conduta que não devemos reforçar”, concluiu.

Redação: Voz da Bahia

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