Fecomércio projeta queda de 4,7% nas vendas do Dia das Crianças

As vendas em outubro nos setores do varejo ligados ao Dia das Crianças deve ter queda de 4,7% frente ao desempenho do ano passado, conforme a Federação do Comércio (Fecomércio-BA). A projeção se baseia no desempenho de cinco ramos – vestuário, eletroeletrônicos, supermercados, farmácias e “outras atividades”, que contempla as lojas de brinquedos e artigos esportivos.

No comparativo com o último Dia das Crianças antes da pandemia, o desempenho deste ano deve superar 2019 em 5,4%. “A alta anual projetada que ganha destaque é a do setor de roupas e calçados, de 8,7%. Tradicionalmente são produtos mais procurados para dar de presente para as crianças. E quem for ao comércio para comprar uma roupa infantil vai encontrar preços mais baratos do que no ano passado”, destaca Dietze.

Roupas e calçados foram duas atividades com retomada mais lenta após a primeira onda de Covid-19, a partir de agosto do ano passado. Na volta do varejo, eletro-eletrônicos tiveram movimento maior em 2020.
Inflação
Segundo o IPCA específico da RMS, o subgrupo roupa infantil registrou queda média nos preços de 4,95% nos últimos 12 meses. Já o grupo Outras Atividades deve registrar aumento no mês de outubro de 3,3% em relação a igual período do ano passado. O IPCA cheio é o índice oficial de inflação do país.

“São vários os setores incluídos no grupo, desde combustíveis para veículos, joalherias, mas têm também as lojas de brinquedos que são destaques para o evento. Os preços médios dos brinquedos subiram 4,43% em um ano, abaixo da inflação geral da região, de 8,59%, o que torna também uma possibilidade de gastar menos” comenta o economista.

Guilherme Dietze destaca que o mês do Dia das Crianças indica ainda um cenário desafiador para as vendas, com diferença de comportamento setorial. “A inflação segue restringindo o poder de compra das famílias e sobra pouco no final do mês. A dica para quem está com o orçamento apertado é buscar algo simples para presentear, ou elaborar alternativa mais recreativa”, sugere o consultor.

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