A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o Dia das Crianças, celebrado hoje (12), movimentará cerca de R$ 9,35 bilhões no varejo, um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A data é o terceiro maior evento de vendas no comércio brasileiro, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.

O crescimento esperado nas vendas está associado a uma melhora nas condições de consumo, impulsionada principalmente pela recuperação do mercado de trabalho. Dados recentes da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE, mostram que a taxa de desemprego atingiu o menor nível em mais de uma década, com 6,8% da força de trabalho desempregada no trimestre encerrado em agosto de 2024. Além disso, a renda real dos trabalhadores cresceu 8,3% nos últimos 12 meses, favorecida por uma política de valorização do salário-mínimo.

O setor de vestuário e calçados deverá ser o destaque do Dia das Crianças, respondendo por 27% das vendas (R$ 2,56 bilhões). Já os segmentos de eletroeletrônicos e brinquedos somarão 25% (R$ 2,30 bilhões), enquanto perfumarias e farmácias terão o maior avanço percentual, com crescimento estimado de 6,0% em comparação a 2023, movimentando R$ 2,15 bilhões.

Regionalmente, São Paulo (R$ 2,678 bilhões), Minas Gerais (R$ 916 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 752 milhões) concentrarão 57% das vendas totais. O Paraná, no entanto, deverá registrar o maior aumento percentual, com crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior.

Os preços dos produtos relacionados ao Dia das Crianças devem apresentar uma variação média de 2,8%, desacelerando em comparação aos 6,7% registrados no ano passado. Itens como livros (+9,7%), chocolates (+7,2%) e sapatos infantis (+6,5%) deverão puxar essa alta. Em contrapartida, bicicletas (-4,3%), ingressos para cinemas e teatros (-3,9%) e brinquedos em geral (-2,8%) estarão mais baratos em comparação a 2022.