Com processo afunilando, Robinson não esconde insatisfação com demora para escolha no PT

Conforme Robinsson, é natural que o PT pleiteie e lidere no campo da centro-esquerda a disputa no processo eleitoral em Salvador / Foto: Raiane Veríssimo/Política Livre

Com uma baixa de oito para quatro pré-candidatos do PT para a disputa pela prefeitura de Salvador, o deputado estadual Robinson Almeida que mantém o nome à disposição da sigla, ao elencar que o PT tem legitimidade de postular uma candidatura na centro-esquerda por ser o partido estruturante da aliança que governa Bahia e que possui responsabilidade com a governabilidade, não esconde a insatisfação com a demora na escolha por uma representante da legenda nas urnas.

“É natural que o PT pleiteie e lidere no campo da centro-esquerda a disputa no processo eleitoral em Salvador, não apenas por se tratar da sigla mais votada em Salvador, tanto para deputado federal, quanto para deputado estadual nas últimas eleições, mas também pelo fato de ser o partido do governador [Rui Costa] e também por se dispor sempre a apoiar outros candidatos em eleições anteriores”, justificou, enfatizando que, com base nisso, a sua defesa é que o PT decida o mais rápido possível pelo seu candidato.

“Afinal, o PT não pode perder o timing, não pode ter calendário próprio de prévias para abril e maio, quando já se deve estar formulando as alianças e o processo do jogo já está jogado”, criticou, arrematando que o Partido dos Trabalhadores deve propor uma estratégia para a base do governo Rui em Salvador. “Na minha opinião a base deveria compor três candidaturas: uma mais à esquerda, uma mais ao centro e outra mais conservadora, de forma a levar uma candidatura ao segundo turno e vencer a eleição em Salvador e que isso seja resolvido o quanto antes”, reforçou.

Sobre a busca do governador Rui Costa pela filiação de novos nomes ao partido para a disputa, a exemplo da major Denice, Robinson preferiu minimizar, mas admitiu que ela sequer manifestou esse desejo e precisa ser avaliada.

“Acho a major Denice Santiago uma pessoa com importantes serviços prestados à população no enfrentamento à violência contra mulher. Sobre a hipótese de sua candidatura é preciso que ela manifeste a intenção de disputar a eleição e solicite filiação ao Partido dos Trabalhadores pra ser avaliada pelas instâncias do partido, é um nome para o debate”, ponderou.

Por fim, ele não deixou de citar o que considera o “grande legado’ da cidade do Salvador, que teria sido construído nos governos Jaques Wagner e Rui Costa, o que legitimaria qualquer petista a sentar pela primeira vez na principal cadeira do Thomé de Souza.

“Nesses governos, por exemplo, que a cidade mais recebeu investimentos, como em infraestrutura, que transformaram, para melhor, a mobilidade na capital dos baianos, em saúde pública, com a construção do Hospital do Subúrbio, do Hospital da Mulher, do HGE 2, com o novo Couto Maia, a ampliação do Hospital Roberto Santos, em breve com a entrega da primeira Policlínica… Enfim, um conjunto de políticas públicas e políticas sociais que os governos liderados pelo PT, na Bahia e no Brasil garantiram importantes conquistas e avanços na capital dos baianos que, somado ao legado de luta do partido e de nossa militância na cidade, nos credenciam a ter candidatura própria e debater o direito a uma cidade mais justa, mais desenvolvida, mais fraterna e inclusiva e com mais oportunidades pra nossa gente. De modo que o PT, que também é o partido mais querido pela população de Salvador, reúne todas as condições e credenciais necessárias para vencer a eleição, administrar pela primeira vez a cidade e apresentar um modelo de gestão democrático, que priorize os investimentos públicos em áreas sensíveis, garantindo os direitos básicos da população , como a educação pública de qualidade, a saúde, a moradia digna, a cultura, ao lazer e as oportunidades de trabalho”, concluiu.

Além Robinson, Juca Ferreira, Vilma Reis e Fabya Reis ainda mantém as prés-candidaturas. Desistiram da disputa: o vereador Moisés Rocha, os deputados federais Valmir Assunção e Jorge Solla e o secretário de Desenvolvimento Urbano, Nelson Pelegrino.

Fernanda Chagas / Política Livre

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